domingo, 24 de novembro de 2013

sábado, 23 de novembro de 2013

JOSÉ CARLOS LIBÂNEO

QUEM SOU EU?


Jose Carlos Libâneo nasceu  no ano de 1945 em Angatuba no Estado de São Paulo. Desde as séries iniciais estudou  no Seminário Diocesano de Sorocaba (SP).
No ano de 1966 formou-se em Filosofia  na PUC de São Paulo, depois  recebeu o título de mestre  em Filosofia da Educação (1984) e História da Educação  (1990).
1967-Doutor por seis anos do Ginásio Estadual Pluricurricular Experimental;
1973- Fundou o centro de treinamento  e Formação de professores;
1975- Lecionou na Universidade  Federal de Goiás na faculdade de educação;
1976-1980- Foi afastado da UFG por ter direitos políticos cassados pelo regime militar;
1980- Recebeu beneficio da Anistia e retornou como professor na UFG;
1996- Aposentou - se  desde 1997  leciona na Universidade Católica  de Goiás e é vice-coordenador  do mestrado em educação. 
Das obras publicadas:
Didática
Adeus professor, Adeus professora?-Novas exigências educacionais  e profissão docente.
Pedagogia e Pedagogos, para que?
Organização e gestão da escola.
Aceleração Escolar-Estudos sobre  educação de adolescentes e adultos (1976).
Democratização da Escola Publica-A pedagogia critico-social dos conteúdos.




LIVRO EM DESTAQUE






               José Carlos Libânio em seu livro fala a respeito que ninguém escapa da pedagogia, pois ela esta em todo lugar seja para aprender ou ensinar. E o pedagogo precisa ser um profissional qualificado para atuar em diversos campos educativos mesmo se ele estiver em áreas como, coordenação ou administração, mas precisa estar envolvido, pois a cada dia novos métodos aparecem e a todo o momento as coisas se renovam, pois a pedagogia é um campo de conhecimento e ações onde você lida com várias situações a todo o momento.
              A Pedagogia escolar é destinada a investigar fatos, processos, contextos, problemas, referentes à educação escolar a instrução e ao ensino, pois existem vários críticos, mas nenhuma dessas pessoas passou por uma sala de aula para compreender o que se passa seja na organização, aprendizagem onde só o pedagogo consegue observar, pois ele esta presente na vida de cada aluno, querendo sempre o melhor para ele.
               José Carlos Libânio fala em seu livro a respeito da pedagogia de hoje no Brasil que ela vive um grande paradoxo por um lado esta em alta na sociedade nos meios de comunicação, nas ONGs e em alguns meios profissionais, mas olhando por outro lado ela esta em um nível baixo se tratando de setores intelectuais e profissionais no meio educacional. Muitos se dizem educadores, mas nem sempre os sentidos que dão ao termo educação aplicam se as mesmas realidades, pois muitos se ocupam em um planejamento, organização e esquece-se de aplicar um ensino mais amplo nas áreas sociais o que acontece a sua volta.
             Com o passar dos anos vemos como a pedagogia e os pedagogos estão mudando, pois muitos não acreditam, mas em um ensino de qualidade e se deixam passar, por que na maioria das vezes não há um investimentos total na área da educação na maioria das vezes algumas regiões recebe o apoio, mas outras não e na maioria das vezes se acostumam com o que tem e não luta por algo melhor para a sociedade, pois isso vai refletir, mas a frente.
             José Carlos Libânio propõe um conjunto de objetivos para se ter uma educação básica de qualidade onde haja uma preparação do aluno para o mercado de trabalho, um cidadão trabalhador capaz de interferir criticamente na realidade para transforma- lá, a participação social e a formação ética para formação de valores e atitudes.
                 Mas para que haja uma educação de qualidade é preciso que haja um incentivo na área da educação para que os pedagogos comecem ter uma visão melhor do futuro, para que lá na frente possam ver que valeu a pena tirar um tempo para aprender e ensinar a cada dia, um ensino de qualidade. 

Ninguém escapa da educação (Carlos Brandão, 1981)”
           Usando a frase de Carlos Brandão, está claro que a palavra educação é um tesouro para a humanidade, pois á todo o momento necessitamos usá-la. Isso nos leva a refletir que o professor não é a única pessoa que pratica essa ação e se utilizamos sempre, isso significa que qualquer pessoa pode exercer.
Existem vários meios de receber educação, como por exemplo, a família, escola, e meios de comunicação sendo essa formal e não-formal e isso nos leva á crer que a cada dia que passa o poder pedagógico está sendo valorizado nas empresas. A meu ver essa é uma ação é brilhante, pois para o ser humano o dinheiro e a comida não é o suficiente para sua sobrevivência. È de extrema importância um apoio pedagógico e psicológico, mas com todas essas contribuições o professor ainda não é valorizado, e isso transparece para nós pelos baixos salários, a falta de materiais adequados, o reconhecimento da sociedade, pois eles acreditam ser a pior profissão e isso aflige o profissional que dessa forma deixa transluzir para todos que está trabalhando por obrigação ou porque não tem outra opção.
           A pedagogia nos abre um leque de oportunidades, dá subsídios ao individuo para atuar em vários campos educativos. Salientando o objetivo de pedagogia que é a melhoria no processo de aprendizagem, o pedagogo para atuar no processo educativo precisa ter toda a bagagem que o curso oferece e, além disso, á pratica da educação.
        “Há uma ideia de senso comum, inclusive de muitos pedagogos, de que pedagogia é o modo como se ensina o modo de ensinar a matéria, o uso de técnicas de ensino.” (LIBÂNEO, 2010, p.29)
            Há outra parte onde o mesmo usando suas idéias, diz:
A pedagogia ocupa-se, de fato, dos processos educativos, métodos, maneiras de ensinar, mas antes de tudo ela tem um significado bem amplo, bem mais globalizante.(LIBÂNEO, 2010, p.29)
          Isso elucida que a pedagogia possui um campo magnífico de conhecimento a ser passado, que a meu parecer não dá subsídios apenas para os pedagogos mais também para os psicólogos, economistas entre outras profissões. Para continuarmos nosso discurso é necessário ter conhecimento da história da pedagogia.
          Segundo Libâneo (2010, p.46) No Brasil o curso de pedagogia teve sua primeira regulamentação em 1939, onde a formação se daria no curso de bacharel que na época era mais conhecido como técnico em educação, já na lei n°4.024/61 o curso se manteve para formação de pedagogo e regulamentam as licenciaturas, mais isso não foi tão longe, pois a última regulamentação existente abole a distinção entre bacharelado e licenciatura, porém mantém a formação de especialistas para nas várias habilitações e mais para frente com a legislação em vigor o curso de pedagogia recebe o titulo de licenciatura.
         O curso de pedagogia é conhecido por ciência pela sua facilidade de analisar a realidade educativa em todos  os campos, tenho essas palavras como a mais pura verdade, pois o estudo deste curso beneficia a todos auxiliando na forma como agir diante de variadas situações que nos deparamos direta ou indiretamente também ligadas às práticas pedagógicas.
           Segundo Beillerot (1985) a pedagogia possui duas esferas de ação educativa: Escolar e extra-escolar. A pedagogia escolar apresenta três tipos de atividades: Professores de ensino público e privado.
·          Operando nos níveis centrais temos: gestores, planejadores, coordenadores e etc.Atuando em órgãos público, privados e públicos não-estatais: animadores, psicopedagogos, clínicos e etc.
Já na esfera extra-escolar, temos: formadores, organizadores, serviço de saúde, entre outros.
         A atuação do pedagogo na escolar é de suma importância, pois dá subsídios aos professores para melhor atender suas dificuldades, sendo assim os conteúdos metodologia entre outras. Vale ressaltar que o docente possui a função de atuar na sala de aula e o pedagogo na orientação do professor, mais isso não significa que o professor não possa ser um administrador escolar, basta ter o conhecimento adequado, levando em conta que o professor precisa ter uma formação continuada para conseguir resolver as novas dificuldades que aparece no rendimento escolar.
         Na atualidade a presença de um pedagogo na escola tornou-se cada vez mais preciso pela exigência do sistema de ensino e da realidade escolar, essas exigências com apenas um objetivo que é melhorar a qualidade do ensino para a população.
          A meu ver o professor necessita ter uma formação continuada, pois a cada dia surge um novo dilema na educação que só pode se resolver com o apoio dessa formação, lembrando que o caminho que o pedagogo percorre é bem parecido com o de um médico, pois se o profissional da saúde não se atualiza quando surgem novas enfermidades o mesmo não poderá atendê-las.


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Educação versus oportunidade


HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO



PAULO FREIRE

QUEM SOU EU?


Paulo Régis Neves Freire, educador brasileiro. Nasceu no dia 19 de setembro de 1921, no Recife, Pernambuco.
Por seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na África. Pelo mesmo motivo, sofreu a perseguição do regime militar no Brasil (1964-1985), sendo preso e forçado ao exílio.
O educador apresentou uma síntese inovadora das mais importantes correntes do pensamento filosófico de sua época, como o existencialismo cristão, a fenomenologia, a dialética hegeliana e o materialismo histórico. Essa visão foi aliada ao talento como escritor que o ajudou a conquistar um amplo público de pedagogos, cientistas sociais, teólogos e militantes políticos.
A partir de suas primeiras experiências no Rio Grande do Norte, em 1963, quando ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias, Paulo Freire desenvolveu um método inovador de alfabetização, adotado primeiramente em Pernambuco. Seu projeto educacional estava vinculado ao nacionalismo desenvolvimentista do governo João Goulart.

A carreira no Brasil foi interrompida pelo golpe militar de 31 de março de 1964. Acusado de subversão, ele passou 72 dias na prisão e, em seguida, partiu para o exílio. No Chile, trabalhou por cinco anos no Instituto Chileno para a Reforma Agrária (ICIRA). Nesse período, escreveu o seu principal livro: Pedagogia do Oprimido (1968).

Em 1980, depois de 16 anos de exílio, retornou ao Brasil, onde escreveu dois livros tidos como fundamentais em sua obra: Pedagogia da Esperança (1992) e À Sombra desta Mangueira (1995). Lecionou na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Em 1989, foi secretário de Educação no Município de São Paulo, sob a prefeitura de Luíza Erundina.

Freire teve cinco filhos com a professora primária Elza Maia Costa Oliveira. Após a morte de sua primeira mulher, casou-se com uma ex-aluna, Ana Maria Araújo Freire. Com ela viveu até morrer, vítima de infarto, em São Paulo.
Doutor Honoris Causa por 27 universidades, Freire recebeu prêmios como: Educação para a Paz (das Nações Unidas, 1986) e Educador dos Continentes (da Organização dos Estados Americanos, 1992).
·         Principais obras do educador Paulo Freire
·         Conscientização e alfabetização: Uma nova visão do processo Estudos
·         Educação como prática da Liberdade. Rio de Janeiro: Editora paz e Terra, 1967.
·         Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro. Editora Paz e Terra, 1970
·         Educação e mudança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1979

·         Pedagogia da autonomia. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1997

LIVRO EM DESTAQUE






Segundo expresso por Paulo Freire no seu livro Educação como Pratica da Liberdade ele teve uma plena compreensão do homem e da mulher como seres históricos-sociais e inacabados, ou seja, eles podem por eles mesmos valorizar, comparar dividir e decidir. Pois ele tem dentro de si mesmo uma condição inata interna.
Quando Paulo Freire, disse referindo ao ser humano como pessoa o seguinte: como um ser condicionado, mas não determinado. Porque inacabado sei que sou um ser condicionado, mas, consciente do inacabamento, sei que posso ir além dele. Ele quis dizer que um individua pode decidir, escolher, expandir a profissão que queira independente de ser educador ou não.
Vale ressaltar que as experiências feitas do educando não esta simplesmente direcionada a escola se fossem dessa maneira caso tivéssemos a certeza aprenderíamos também de forma informais: nas ruas, praças, no trabalho, etc. Para adquirir um conhecimento completo é fundamental ser ingênuo e para superá-lo é necessário pensar certo e somente através da comunicação, do entendimento com participação que vai disponibilizar a revisão dos achados, tendo como reconhecimento e a possibilidade de cada individua de não só mudar a opção, apreciação, mas o direito de fazê-lo. Com relação à realidade ele deixou claro que quando a sociedade intervém, tendo participação, contribuição, que o conhecimento ocorre e a partir do momento que o individuo torna-se captador, transformador, criador e consciente de beleza; ele faz com que o mundo exista.
Que a presença do individuo ao mundo com relação a si a outros condiz com a possibilidade que a ele determinam. Paulo Freire complementou que o herdado é uma imoralidade, é a sobreposição tem a capacidade de fazer com que a sociedade se torne míope e surda levando-os a aceitarem discursos fatalistas neoliberais que divulgue que a desgraça do fim do século é o desemprego.
            Com relação ao ensino e aprendizagem ensinar é ação pela qual um sujeito criador dá forma, estilo a alma a um corpo indeciso e acomodado. Portanto não há docência sem dissidência, as duas se explicam, porém não se reduzem á condição de objeto um do outro.
            Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender nessa relação a importância do papel do educador se dá não apenas ensinar os conteúdos  mas também ensinar a pensar certo.Nesse  processo podemos concluir  o seguinte:que a construção do conhecimento o valor  pedagógico da interação humana é claramente evidente pois é por meio dela que o conhecimento se constrói e a relação do educador-educando não se torna unilateral, pois tem a necessidade que a mesma proporcione uma construção coletiva do conhecimento na qual esteja baseada no dialogo(porem um dos maiores problemas ao fracasso escolar segundo destacado por Paulo Freire pode esta ligado ao preconceito ,com certa freqüência os professores procuram explicar a razão dessa deficiência a  qual podemos destacar a orgânicas,psicológicas e culturais.O Processo de  Ensino e Aprendizagem  compreende não só ações conjuntas do professor e aluno mas também ambos estarão estimulados a assimilar  de forma ativa os conteúdos ,metas devendo ser aplicados de forma independente e criativa não só em situações diversificadas mas também na vida pratica.Portanto existe uma grande necessidade de construir uma pratica educativa que possibilite a reflexão , a critica e a construção do conhecimento pautando-se nos problemas que ocorrem diariamente em sala de aula e no decorrer do processo ensino aprendizagem .Esse  artigo teve como objetivo apresentar sugestões e argumentos  sobre o papel da escola como organização reflexiva considerando o ensinar e o aprender qual o papel do professor e de sua relação com o aluno e a necessidade de construir conhecimento critico reflexivo e compartilhando respaldando-se por embasamento teóricos como o de Paulo Freire . 


Na passagem do livro Educação como Prática da Liberdade, Paulo Freire expressa a sociedade brasileira como uma sociedade em trânsito, referimo-nos as contradições, onde pessoas sem voz e oprimidos a uma sociedade fechada.
Nesta obra Paulo Freire, soube reconhecer com clareza as prioridades da pratica nesta etapa, pois haviam a necessidade crucial de rever as prioridades da prática pedagógica mediante a política das classes populares e pelas crises das elites dominantes. Essa obra foi produzida a meio as dificuldades que a educação do país vinha sendo afetada pelos acontecimentos, onde existiam um grande numero de pessoas analfabetas que representavam a metade da população em todo o País, Paulo Freire, veio trazendo uma prática pedagogia nova libertadora, na medida da participação livre e crítica dos educando, expressando o quanto é importante da construção do circulo da cultura, a unidade de ensino que substituir a escola, ele busca no circulo da cultura, peças fundamentais párea a construção da educação popular, onde é essencial., a participação do ciclo de cultura e de todos os envolvidos, deixando claro a alfabetização e a conscientização são principais para essa pedagogia.
Para o autor todo o aprendizado deve encontrar-se intimamente associado á tomada de consciência da situação real vivida pelo educador, um tipo de pedagogia para homens livres, o homem assumem a liberdade e acrítica como modo de ser de si próprio.     
O papel das escolas.
Cabe aos ao coordenador da escola apresentar, antes de dar inicio à alfabetização, deve se fazer debate, criando circulo , para discutir a cultura, dos estudantes envolvidos, com  isso é necessário que se reconheçam a se próprio.  Paulo Freire (1964), Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão.
Paulo Freire em 1962 começou desenvolver um movimento de alfabetização no Nordeste, na época era a região mais pobre do Brasil com grandes números de analfabetos, deu inicio a Aliança para o progresso obteve ótimos resultados, alfabetizando-os em 45 dias, elevando o seu conceito perante a opinião publica, com isso ouve uma ampliação desse novo sistema, com o apoio do governo para todo o território nacional.
A grande preocupação de Paulo Freire é a mesma de toda a pedagogia moderna. ”Uma educação para a decisão, para a responsabilidade social e política”.
Paulo Freire deu inicio a construção de propostas pedagógicas, essas propostas é a construção crítica, em uma sociedade em transição inserido no processo de democratização, um grande povo emergindo, era fundamental, tentar uma educação que fosse capaz de colaborar com o desenvolvimento humano.
Pensando em métodos ativo que fosse capaz de aguça o homem a critica através de debates de situações desafiadora, uma educação que fosse capaz de contribuir para a transitividade ingênua á critica. Ele explica minuciosamente métodos de alfabetização de adultos, criando hipótese para a criação do desenvolvimento  do analfabeto, com propósito de alfabetizar da forma mais livre de escolhas:
a)       Num método ativo, dialogal, critico e criticizador;
b)      Na modificação do conteúdo programático da educação;
c)      No uso de técnicas como a da redução e da codificação.
O projeto de educação de adultos, através do qual foram lançadas duas instituições básicas de educação de cultura popular. Os professores que nessa época eram chamados de coordenadores, realizavam debates de grupos. A programação desses debates eram oferecidos pelos próprios grupos, através de entrevista que os coordenadores mentiam com eles e de que resultava enumeração de problemas que os alfabetizados gostaria de debater.
Os assuntos, acrescidos de outros eram tanto quanto possível esquematizados e, com auxílio de recursos visuais, apresentados e com auxilio de recursos visuais, apresentados em forma de diálogos. Segundo Freire, os resultados eram surpreendentes.
Os coordenadores tiveram a colaboração considerada valiosa por Paulo Freire, da equipe de serviço de Extensão Cultural da Universidade de Recife.
Estavam,  assim a segurados Paulo Freire, tentando uma educação lhes parecia a de que precisavam, identificar com as condições da realidade. A práxis pedagógicas de Freire mostra, o respeito a liberdade dos educando que nunca são chamados de analfabetos mas de alfabetizando. Ao educador cabe apenas registrar o vocabulário dos participantes e selecionar algumas palavras básicas em termos de freqüência, relevância aos significados vividos e tipo de complexidade fonêmica que apresentam. 
As palavras de uso comum do seu cotidiano, pode ser usadas,  na linguagem do povo, são palavras gerados para esse perenizado.
O autor representa 17 palavras geradoras escolhidas do “universo vocabular”.
 Exemplos:
1)      Favela- necessidades fundamentais:
a)      Habitação
b)      Alimentação
c)      Vestuário
d)     Saúde
e)      Educação  

 Favela-
Silaba- Fa-Ve-La
 Família fonêmicas:
Fa-Fe-Fi-Fo-Fu
Va-Ve-Vi-Vo-Vu
La-Le-Li-Lo-Lu


 Paulo Freire afirma em sua obra, ter testemunhado, no processo de alfabetização de adultos, vários alfabetizando que, após apropriação do mecanismo fonêmico, com a ficha da descoberta escreviam palavras com fonemas complexos que ainda não lhe haviam apresentado, chegando a elaborar frases que passavam a ser debatidas pelos grupos, discutindo-se  a sua significação mediante a realidade de cada brasileiro.
“Saber ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua própria produção e construção” (FREIRE, 1996, P.47).

REFLEXÃO 



Verdades da Profissão de Professor Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.
A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.


MOACIR GADOTTI

QUEM SOU EU?



Moacir Gadotti é licenciado em Pedagogia (1967) e em Filosofia (1971). Fez Mestrado em Filosofia da Educação na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP, 1973), Doutorado em Ciências da Educação na Universidade de Genebra (Suíça, 1977) e Livre Docência na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP, 1986). Em 1991 prestou concurso para Professor Titular na Universidade de São Paulo. Foi professor de História e Filosofia da Educação em cursos de graduação e pós-graduação em Educação e Filosofia de diversas instituições, entre elas a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, a Universidade Estadual de Campinas e a Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Desde 1988 é professor na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo.
Foi assessor técnico da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo (1983-1984) e Chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura de São Paulo (1989-1990), na gestão de Paulo Freire. Atualmente é Professor Titular da Universidade de São Paulo e diretor do Instituto Paulo Freire.
Possui um grande número de publicações em que desenvolve uma proposta educacional cujos eixos são a formação crítica do educador e a construção da Escola Cidadã, numa perspectiva dialética integradora da educação e orientada pelo paradigma da planetariedade.
OBRAS

Entre os livros publicados destacam-se: A educação contra a educação (1981), Pensamento pedagógico brasileiro (1987), Convite à leitura de Paulo Freire (1988), Escola cidadã (1992), História das ideais pedagógicas (1993), Pedagogia da Práxis (1995), Paulo Freire: uma biobibliografia (1996), Perspectivas Atuais da Educação (2000) e Pedagogia da Terra (2000). Um legado de esperança (2001).



“A escola precisa ser reencantada, encontrar motivos para que o aluno vá para os bancos escolares com satisfação, alegria. Existem escolas esperançosas, com gente animada, mas existe um mal-estar geral na maioria delas. Não acredito que isso seja trágico. Essa insatisfação deve ser aproveitada para se dar um salto. Se o mal-estar for trabalhado, ele permite um avanço. Se for aceito como uma fatalidade, ele torna a escola um peso morto na história, que arrasta as pessoas e as impede de sonhar, pensar e criar".
 LIVRO EM DESTAQUE


Moacir Gadotti ao escrever esse livro ele fez um balanço das teorias pedagógicas desenvolvida em nosso país e suas didáticas, essa é a oitava edição, e segundo seu o amigo Martin Carnoy, Moacir ao escrever o livro esta prestando um grande serviço aos educadores, mas deve ter desagradado muita gente, isso porque ele revela tudo que queremos saber a respeito da educação. Neste livro Moacir fala sobre diversos autores, amigos pedagogos e suas didáticas e segundo Olga Molina nele esta contido tudo de útil que um estudante e professores até mesmo leigos queiram saber ou estejam interessado a respeito da educação.
Discípulo de Paulo Freire, Moacir Godotti fez uma relevante reflexão sobre a prática educativa e suas perspectivas para uma sociedade globalizada, ressaltando que o avanço da humanidade só será possível quando universalizar conquistas culturais e tecnológicas. Moacir Gadotti é um grande educador brasileiro e sempre esteve comprometido com a educação da escola brasileira, para ele vivenciar uma união dialética é fundamental viver a teoria na prática, ou seja, para ele o professor é um dos responsáveis pela transformação da humanidade, por está ativa em suas demandas educacionais tanto em salas de aulas como fora dela, marcando presença em qualquer tempo e lugar.
A educação é um desenvolvimento humano, um processo de crescimento  que acontece  gradativamente vem de casa e  se completa na escola e não tem idade para que se aprenda, pois a educação se aprende de diversas formas seja dentro da escola ou no campo temos como exemplo a educação popular a educação que se aprende de nenhum saber especifico, ou seja, aprendemos um com outro que vai passando de geração para geração( ex: camponeses  e escravos ) e a educação gerenciada  que é a educação que aprendemos na escola especifica onde impõe o saber necessário(ex: escola, faculdade).
A educação adapta a vida do educando com as medidas que eles possam a ingressar  e permanecer e o que segundo Miguel e Rosiska (p.52) sugerem que medida pratica tipo jornada escola, horário adaptada, material gratuito, da mais tempo a alunos com dificuldade de habituarem á escola e aos comportamentos que facilitem a aprendizagem, incluir as crianças mais cedo à escola para se estimuladas o desenvolvimento, seria algumas medidas para estimular o desenvolvimento da aprendizagem.
Segundo Moacir Gadotti o desprazer de ensinar e aprender, a educação como função profissão e vocação e como planta que  florescem. Através destes exemplos procura mostrar que da formação de um educador e comprometido consigo mesmo e com o aluno que é capaz de superar a burocratização e a uniformização que é submetido assim metodicamente podemos falar o professor e a descoberta de alegria de viver: amar, acordar, libertar e agir tem como sua teoria a educador.  O professor pode comparar como uma árvore facilmente substituível.
Rubem Alves reúne 27 artigos onde analisa os efeitos da escola capitalista sobre seus clientes que não se limita a escola, pois aborda outros assuntos: a ciências a política, a família, ele fala que nem sempre as crianças que não estudam são burras aprender algo significa esquecer outra, os vestibulares foi o grande vilão com o fracasso da reprovação. Como não podia escapar a critica: idealista, romântico, saudosista segundo Moacir Gadotti fala que não se pode entender Rubem Alves lendo, fragmentadamente os dois livros que comentamos: Conversas com quem gosta de ensinar e histórias de quem gosta de ensinar. Não podemos  assinalar certa semelhança entre o pensamento pedagógico de Rubem Alves o qual visa tomar dos jovens o ludismo o mesmo e um critico da religião evidenciando os aspectos repressivos mesmo assim ele e a favor de uma educação predominante conservadora, sendo assim Rubem Alves também critica a produtivamente capitalista cobrada hoje pela escola (vestibulares) ele não quer ser considerado filósofo da educação e muito menos um teórico que é a palavra certa é importantes tudo e discurso a ciências, a religião o saber, a arte, a educação essa e nova forma de encarar a educação que encanta os educadores.
Madalena Freire relata suas praticas pedagógicas na pré-escola, demonstra que e possível aplicar o diálogo desde a primeira educação sem desvincular conhecer e viver demonstra que é possível superar dicotomia entre o cognitivo e o afetivo e a educação pode e deve ser uma relação prazerosa. A pré-escola seguindo as teorias psicológicas de Piaget foi escolhida o método natural de alfabetização, que decorre o desenvolvimento global da criança.
Vencendo o autoritarismo e o discurso competente que a pedagogia sempre foi associada à autoridade, na pedagogia tradicional que é o centro da atividade educacional era o mestre ninguém melhor do que Mauricio Tragtenberg mostrou as relações de poder na escola na sua tese “A escola é o espaço onde o poder disciplinar produz saber”. Para Tragtenberg a presença obrigatória do Diário de Classe e a técnica de contra burocrático herdado do presídio. Para o autor a escola e comparada a fabrica o professor e submetido a uma situação idêntica a do proletário por tudo isso, conclui Tragtenberg “a escola “espaço contraditório”. Nela o professor se insere como reprodutor e pressiona como questionador do sistema. Segundo o autor fala que apesar de Jean Piaget não ser pedagogo suas ideias vem ganhando influência crescente entre nós, a maioria das obras de Piaget já foi traduzida para português ele é lido principalmente por educadores.
A escola capitalista tem um ponto comum entre os teóricos até aqui apresentados e a critica a escola capitalista, Rossi mostra o papel desempenhando pela educação capitalista enquanto o instrumento de ampliação da capacidade de produção da força de trabalho geradora de excedentes crescentes para os dominadores. Outro clássico desses últimos anos e o livro de Maria de Lourdes Deiró Nosella mostra as ideologias subjacentes aos livros didáticos, particularmente aos livros das series iniciais do ensino fundamental, que nesta idade a criança tem uma grande potencialidade de assimilação e ao mesmo tempo pouca criticidade, podendo ser facilmente moldada.
Como a educação e desenvolvimento social é um desses temas que, ao lado da questão da mudança, ocupa um grande espaço no pensamento pedagógico brasileiro, para Luiz Antonio Cunha afirma o conceito de sociedade aberta e o pensamento pedagógico liberal. Segundo o autor e defensor de um ensino publico e gratuito no Brasil, Fernando de Azevedo que se evidenciou a escola Nova em 1926 defendendo sua expansão e melhoria no estado, nas décadas de 50 e 60 intensificou-se a luta pela escola publica , contrapondo-se já nessa época a concepção liberal e a concepção popular operária, esta luta entre essas duas concepções travou-se no seio da luta pela Lei de Diretrizes e Bases realizada em São Paulo em 28 de fevereiro de 1961, o educador precisa reeducar-se e transforma-se para deixar de vez suas tarefas e as funções da educação sobre a ótica das elites econômicas, culturais e políticas das classes dominantes.
Espera-se do professor do século XXI que tenha paixão de ensinar, que esteja aberto para sempre aprender, aberto ao novo, que tenha domínio técnico-pedagógico, que saiba contar histórias, isto é, que construa narrativas sedutoras para seus alunos. Espera-se que saiba pesquisar, que saiba gerenciar uma sala de aula, significa a aprendizagem dele e de seus alunos. Espera-se que saiba trabalhar em equipe, que seja solidário. (GADOTTI, 2008 p. 04)
Segundo Gadotti (2000, p.9) “O educador é um medidor do conhecimento, diante do aluno que é o sujeito da sua própria formação”. Ele precisa construir conhecimento de sua experiência para isso, também precisa ser curioso, buscar sentido para o que faz e apontar novos sentido para o que fazer dos alunos.
O ensino e a pesquisa são fatos indissociáveis, um não acontece sem o outro o aluno aprende quando o professor aprende, no entanto tal ensino o acompanhará não só na sua formação como cidadão, mas também profissionalmente.

Na trajetória escolar o aluno se depara com diferentes conteúdos sem entender o porquê e pra que, sobre isso a escola precisa conscientizar os alunos de sua fundamental importância que será utilizada na construção do seu projeto de vida, tanto individual quanto coletiva para viver bem numa sociedade.
Sendo uma escola de maior autonomia ela será também, de maior capacidade para chegar a um padrão nacional de qualidade de ensino.

Educar é sempre impregnar os sentidos, ou seja, através das experiências vivenciadas no âmbito escolar como na vida cotidiana o indivíduo passa a entender e transformar o mundo e a si mesmo. Educar é não se omitir e mostrar a realidade, é conduzir o educando a tomar decisões, a lutar, duvidar, desequilibrar enfim educar é buscar melhorias para auxiliar seus alunos em prol do conhecimento. Como declara Gadotti: “Para que ocorra um bom desenvolvimento no processo de ensino aprendizagem requer que o educador se empenhe e esteja sempre pesquisando, buscando melhorias e ideias inovadoras.”.
Quanto à aprendizagem o professor tem uma responsabilidade muito grande, pois no âmbito escolar ele é um aprendiz permanente, construindo sentidos, cooperando e tornando-se um organizador da aprendizagem que usará de estratégias para que o aluno adquira o conhecimento, sem esquecer que tanto um como outro serão sempre aprendizes.

Impregnados de informações o professor deve ser curioso, buscar sentido para o que faz e apontar novos sentidos para o que fazer dos seus alunos dando-lhes condições de construir e reconstruir seus conhecimentos a partir do que faz.

 A escola do século 21 só vai sobreviver se conseguir unir o ensino adaptado à sociedade em rede que se encontra em movimento constante.
“A beleza existe em todo lugar. Dependendo do nosso olhar, da nossa sensibilidade; depende da nossa consciência, do nosso trabalho e do nosso cuidado. A beleza existe porque o ser humano é capaz de sonhar.”
Moacir Gadotti.