sexta-feira, 22 de novembro de 2013

PAULO FREIRE

QUEM SOU EU?


Paulo Régis Neves Freire, educador brasileiro. Nasceu no dia 19 de setembro de 1921, no Recife, Pernambuco.
Por seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na África. Pelo mesmo motivo, sofreu a perseguição do regime militar no Brasil (1964-1985), sendo preso e forçado ao exílio.
O educador apresentou uma síntese inovadora das mais importantes correntes do pensamento filosófico de sua época, como o existencialismo cristão, a fenomenologia, a dialética hegeliana e o materialismo histórico. Essa visão foi aliada ao talento como escritor que o ajudou a conquistar um amplo público de pedagogos, cientistas sociais, teólogos e militantes políticos.
A partir de suas primeiras experiências no Rio Grande do Norte, em 1963, quando ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias, Paulo Freire desenvolveu um método inovador de alfabetização, adotado primeiramente em Pernambuco. Seu projeto educacional estava vinculado ao nacionalismo desenvolvimentista do governo João Goulart.

A carreira no Brasil foi interrompida pelo golpe militar de 31 de março de 1964. Acusado de subversão, ele passou 72 dias na prisão e, em seguida, partiu para o exílio. No Chile, trabalhou por cinco anos no Instituto Chileno para a Reforma Agrária (ICIRA). Nesse período, escreveu o seu principal livro: Pedagogia do Oprimido (1968).

Em 1980, depois de 16 anos de exílio, retornou ao Brasil, onde escreveu dois livros tidos como fundamentais em sua obra: Pedagogia da Esperança (1992) e À Sombra desta Mangueira (1995). Lecionou na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Em 1989, foi secretário de Educação no Município de São Paulo, sob a prefeitura de Luíza Erundina.

Freire teve cinco filhos com a professora primária Elza Maia Costa Oliveira. Após a morte de sua primeira mulher, casou-se com uma ex-aluna, Ana Maria Araújo Freire. Com ela viveu até morrer, vítima de infarto, em São Paulo.
Doutor Honoris Causa por 27 universidades, Freire recebeu prêmios como: Educação para a Paz (das Nações Unidas, 1986) e Educador dos Continentes (da Organização dos Estados Americanos, 1992).
·         Principais obras do educador Paulo Freire
·         Conscientização e alfabetização: Uma nova visão do processo Estudos
·         Educação como prática da Liberdade. Rio de Janeiro: Editora paz e Terra, 1967.
·         Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro. Editora Paz e Terra, 1970
·         Educação e mudança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1979

·         Pedagogia da autonomia. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1997

LIVRO EM DESTAQUE






Segundo expresso por Paulo Freire no seu livro Educação como Pratica da Liberdade ele teve uma plena compreensão do homem e da mulher como seres históricos-sociais e inacabados, ou seja, eles podem por eles mesmos valorizar, comparar dividir e decidir. Pois ele tem dentro de si mesmo uma condição inata interna.
Quando Paulo Freire, disse referindo ao ser humano como pessoa o seguinte: como um ser condicionado, mas não determinado. Porque inacabado sei que sou um ser condicionado, mas, consciente do inacabamento, sei que posso ir além dele. Ele quis dizer que um individua pode decidir, escolher, expandir a profissão que queira independente de ser educador ou não.
Vale ressaltar que as experiências feitas do educando não esta simplesmente direcionada a escola se fossem dessa maneira caso tivéssemos a certeza aprenderíamos também de forma informais: nas ruas, praças, no trabalho, etc. Para adquirir um conhecimento completo é fundamental ser ingênuo e para superá-lo é necessário pensar certo e somente através da comunicação, do entendimento com participação que vai disponibilizar a revisão dos achados, tendo como reconhecimento e a possibilidade de cada individua de não só mudar a opção, apreciação, mas o direito de fazê-lo. Com relação à realidade ele deixou claro que quando a sociedade intervém, tendo participação, contribuição, que o conhecimento ocorre e a partir do momento que o individuo torna-se captador, transformador, criador e consciente de beleza; ele faz com que o mundo exista.
Que a presença do individuo ao mundo com relação a si a outros condiz com a possibilidade que a ele determinam. Paulo Freire complementou que o herdado é uma imoralidade, é a sobreposição tem a capacidade de fazer com que a sociedade se torne míope e surda levando-os a aceitarem discursos fatalistas neoliberais que divulgue que a desgraça do fim do século é o desemprego.
            Com relação ao ensino e aprendizagem ensinar é ação pela qual um sujeito criador dá forma, estilo a alma a um corpo indeciso e acomodado. Portanto não há docência sem dissidência, as duas se explicam, porém não se reduzem á condição de objeto um do outro.
            Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender nessa relação a importância do papel do educador se dá não apenas ensinar os conteúdos  mas também ensinar a pensar certo.Nesse  processo podemos concluir  o seguinte:que a construção do conhecimento o valor  pedagógico da interação humana é claramente evidente pois é por meio dela que o conhecimento se constrói e a relação do educador-educando não se torna unilateral, pois tem a necessidade que a mesma proporcione uma construção coletiva do conhecimento na qual esteja baseada no dialogo(porem um dos maiores problemas ao fracasso escolar segundo destacado por Paulo Freire pode esta ligado ao preconceito ,com certa freqüência os professores procuram explicar a razão dessa deficiência a  qual podemos destacar a orgânicas,psicológicas e culturais.O Processo de  Ensino e Aprendizagem  compreende não só ações conjuntas do professor e aluno mas também ambos estarão estimulados a assimilar  de forma ativa os conteúdos ,metas devendo ser aplicados de forma independente e criativa não só em situações diversificadas mas também na vida pratica.Portanto existe uma grande necessidade de construir uma pratica educativa que possibilite a reflexão , a critica e a construção do conhecimento pautando-se nos problemas que ocorrem diariamente em sala de aula e no decorrer do processo ensino aprendizagem .Esse  artigo teve como objetivo apresentar sugestões e argumentos  sobre o papel da escola como organização reflexiva considerando o ensinar e o aprender qual o papel do professor e de sua relação com o aluno e a necessidade de construir conhecimento critico reflexivo e compartilhando respaldando-se por embasamento teóricos como o de Paulo Freire . 


Na passagem do livro Educação como Prática da Liberdade, Paulo Freire expressa a sociedade brasileira como uma sociedade em trânsito, referimo-nos as contradições, onde pessoas sem voz e oprimidos a uma sociedade fechada.
Nesta obra Paulo Freire, soube reconhecer com clareza as prioridades da pratica nesta etapa, pois haviam a necessidade crucial de rever as prioridades da prática pedagógica mediante a política das classes populares e pelas crises das elites dominantes. Essa obra foi produzida a meio as dificuldades que a educação do país vinha sendo afetada pelos acontecimentos, onde existiam um grande numero de pessoas analfabetas que representavam a metade da população em todo o País, Paulo Freire, veio trazendo uma prática pedagogia nova libertadora, na medida da participação livre e crítica dos educando, expressando o quanto é importante da construção do circulo da cultura, a unidade de ensino que substituir a escola, ele busca no circulo da cultura, peças fundamentais párea a construção da educação popular, onde é essencial., a participação do ciclo de cultura e de todos os envolvidos, deixando claro a alfabetização e a conscientização são principais para essa pedagogia.
Para o autor todo o aprendizado deve encontrar-se intimamente associado á tomada de consciência da situação real vivida pelo educador, um tipo de pedagogia para homens livres, o homem assumem a liberdade e acrítica como modo de ser de si próprio.     
O papel das escolas.
Cabe aos ao coordenador da escola apresentar, antes de dar inicio à alfabetização, deve se fazer debate, criando circulo , para discutir a cultura, dos estudantes envolvidos, com  isso é necessário que se reconheçam a se próprio.  Paulo Freire (1964), Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão.
Paulo Freire em 1962 começou desenvolver um movimento de alfabetização no Nordeste, na época era a região mais pobre do Brasil com grandes números de analfabetos, deu inicio a Aliança para o progresso obteve ótimos resultados, alfabetizando-os em 45 dias, elevando o seu conceito perante a opinião publica, com isso ouve uma ampliação desse novo sistema, com o apoio do governo para todo o território nacional.
A grande preocupação de Paulo Freire é a mesma de toda a pedagogia moderna. ”Uma educação para a decisão, para a responsabilidade social e política”.
Paulo Freire deu inicio a construção de propostas pedagógicas, essas propostas é a construção crítica, em uma sociedade em transição inserido no processo de democratização, um grande povo emergindo, era fundamental, tentar uma educação que fosse capaz de colaborar com o desenvolvimento humano.
Pensando em métodos ativo que fosse capaz de aguça o homem a critica através de debates de situações desafiadora, uma educação que fosse capaz de contribuir para a transitividade ingênua á critica. Ele explica minuciosamente métodos de alfabetização de adultos, criando hipótese para a criação do desenvolvimento  do analfabeto, com propósito de alfabetizar da forma mais livre de escolhas:
a)       Num método ativo, dialogal, critico e criticizador;
b)      Na modificação do conteúdo programático da educação;
c)      No uso de técnicas como a da redução e da codificação.
O projeto de educação de adultos, através do qual foram lançadas duas instituições básicas de educação de cultura popular. Os professores que nessa época eram chamados de coordenadores, realizavam debates de grupos. A programação desses debates eram oferecidos pelos próprios grupos, através de entrevista que os coordenadores mentiam com eles e de que resultava enumeração de problemas que os alfabetizados gostaria de debater.
Os assuntos, acrescidos de outros eram tanto quanto possível esquematizados e, com auxílio de recursos visuais, apresentados e com auxilio de recursos visuais, apresentados em forma de diálogos. Segundo Freire, os resultados eram surpreendentes.
Os coordenadores tiveram a colaboração considerada valiosa por Paulo Freire, da equipe de serviço de Extensão Cultural da Universidade de Recife.
Estavam,  assim a segurados Paulo Freire, tentando uma educação lhes parecia a de que precisavam, identificar com as condições da realidade. A práxis pedagógicas de Freire mostra, o respeito a liberdade dos educando que nunca são chamados de analfabetos mas de alfabetizando. Ao educador cabe apenas registrar o vocabulário dos participantes e selecionar algumas palavras básicas em termos de freqüência, relevância aos significados vividos e tipo de complexidade fonêmica que apresentam. 
As palavras de uso comum do seu cotidiano, pode ser usadas,  na linguagem do povo, são palavras gerados para esse perenizado.
O autor representa 17 palavras geradoras escolhidas do “universo vocabular”.
 Exemplos:
1)      Favela- necessidades fundamentais:
a)      Habitação
b)      Alimentação
c)      Vestuário
d)     Saúde
e)      Educação  

 Favela-
Silaba- Fa-Ve-La
 Família fonêmicas:
Fa-Fe-Fi-Fo-Fu
Va-Ve-Vi-Vo-Vu
La-Le-Li-Lo-Lu


 Paulo Freire afirma em sua obra, ter testemunhado, no processo de alfabetização de adultos, vários alfabetizando que, após apropriação do mecanismo fonêmico, com a ficha da descoberta escreviam palavras com fonemas complexos que ainda não lhe haviam apresentado, chegando a elaborar frases que passavam a ser debatidas pelos grupos, discutindo-se  a sua significação mediante a realidade de cada brasileiro.
“Saber ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua própria produção e construção” (FREIRE, 1996, P.47).

REFLEXÃO 



Verdades da Profissão de Professor Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.
A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.


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