QUEM SOU EU?
Paulo Régis Neves Freire,
educador brasileiro. Nasceu no dia 19 de setembro de 1921, no Recife,
Pernambuco.
Por seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire
tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América
Latina e na África. Pelo mesmo motivo, sofreu a perseguição do regime militar
no Brasil (1964-1985), sendo preso e forçado ao exílio.
O educador apresentou uma síntese inovadora das mais
importantes correntes do pensamento filosófico de sua época, como o
existencialismo cristão, a fenomenologia, a dialética hegeliana e o
materialismo histórico. Essa visão foi aliada ao talento como escritor que o
ajudou a conquistar um amplo público de pedagogos, cientistas sociais, teólogos
e militantes políticos.
A partir de suas primeiras experiências no Rio Grande do
Norte, em 1963, quando ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias, Paulo
Freire desenvolveu um método inovador de alfabetização, adotado primeiramente
em Pernambuco. Seu projeto educacional estava vinculado ao nacionalismo
desenvolvimentista do governo João Goulart.
A carreira no Brasil foi interrompida pelo golpe militar de 31 de março de
1964. Acusado de subversão, ele passou 72 dias na prisão e, em seguida, partiu
para o exílio. No Chile, trabalhou por cinco anos no Instituto Chileno para a
Reforma Agrária (ICIRA). Nesse período, escreveu o seu principal livro:
Pedagogia do Oprimido (1968).
Em 1980, depois de 16 anos de exílio, retornou ao Brasil, onde escreveu dois
livros tidos como fundamentais em sua obra: Pedagogia da Esperança (1992) e À
Sombra desta Mangueira (1995). Lecionou na Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp) e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Em 1989,
foi secretário de Educação no Município de São Paulo, sob a prefeitura de Luíza
Erundina.
Freire teve cinco filhos com a professora primária Elza Maia Costa Oliveira.
Após a morte de sua primeira mulher, casou-se com uma ex-aluna, Ana Maria
Araújo Freire. Com ela viveu até morrer, vítima de infarto, em São Paulo.
Doutor Honoris Causa por 27 universidades, Freire recebeu
prêmios como: Educação para a Paz (das Nações Unidas, 1986) e Educador dos
Continentes (da Organização dos Estados Americanos, 1992).
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Principais obras do educador Paulo Freire
·
Conscientização e alfabetização: Uma nova visão
do processo Estudos
·
Educação como prática da Liberdade. Rio de
Janeiro: Editora paz e Terra, 1967.
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Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro. Editora
Paz e Terra, 1970
·
Educação e mudança. São Paulo: Editora Paz e
Terra, 1979
·
Pedagogia da autonomia. São Paulo: Editora Paz e
Terra, 1997
LIVRO EM DESTAQUE
Segundo
expresso por Paulo Freire no seu livro Educação como Pratica da Liberdade ele
teve uma plena compreensão do homem e da mulher como seres históricos-sociais e
inacabados, ou seja, eles podem por eles mesmos valorizar,
comparar dividir e decidir. Pois ele tem dentro de si mesmo uma condição inata
interna.
Quando Paulo Freire, disse referindo ao ser humano
como pessoa o seguinte: como um ser condicionado, mas não determinado. Porque
inacabado sei que sou um ser condicionado, mas, consciente do inacabamento, sei
que posso ir além dele. Ele quis dizer que um individua pode decidir, escolher,
expandir a profissão que queira independente de ser educador ou não.
Vale ressaltar que as experiências feitas do educando
não esta simplesmente direcionada a escola se fossem dessa maneira caso
tivéssemos a certeza aprenderíamos também de forma informais: nas ruas, praças,
no trabalho, etc. Para adquirir um conhecimento completo é fundamental ser
ingênuo e para superá-lo é necessário pensar certo e somente através da
comunicação, do entendimento com participação que vai disponibilizar a revisão
dos achados, tendo como reconhecimento e a possibilidade de cada individua de
não só mudar a opção, apreciação, mas o direito de fazê-lo. Com relação à
realidade ele deixou claro que quando a sociedade intervém, tendo participação,
contribuição, que o conhecimento ocorre e a partir do momento que o individuo
torna-se captador, transformador, criador e consciente de beleza; ele
faz com que o mundo exista.
Que a presença do individuo ao mundo com relação a si
a outros condiz com a possibilidade que a ele determinam. Paulo Freire
complementou que o herdado é uma imoralidade, é a sobreposição tem a capacidade
de fazer com que a sociedade se torne míope e surda levando-os a aceitarem
discursos fatalistas neoliberais que divulgue que a desgraça do fim do século é
o desemprego.
Com relação ao ensino e aprendizagem
ensinar é ação pela qual um sujeito criador dá forma, estilo a alma a um corpo
indeciso e acomodado. Portanto não há docência sem dissidência, as duas se
explicam, porém não se reduzem á condição de objeto um do outro.
Quem ensina aprende ao ensinar e
quem aprende ensina ao aprender nessa relação a importância do papel do
educador se dá não apenas ensinar os conteúdos
mas também ensinar a pensar certo.Nesse
processo podemos concluir o
seguinte:que a construção do conhecimento o valor pedagógico da interação humana é claramente
evidente pois é por meio dela que o conhecimento se constrói e a relação do
educador-educando não se torna unilateral, pois tem a necessidade que a mesma
proporcione uma construção coletiva do conhecimento na qual esteja baseada no
dialogo(porem um dos maiores problemas ao fracasso escolar segundo destacado
por Paulo Freire pode esta ligado ao preconceito ,com certa freqüência os
professores procuram explicar a razão dessa deficiência a qual podemos destacar a
orgânicas,psicológicas e culturais.O Processo de Ensino e Aprendizagem compreende não só ações conjuntas do
professor e aluno mas também ambos estarão estimulados a assimilar de forma ativa os conteúdos ,metas devendo
ser aplicados de forma independente e criativa não só em situações
diversificadas mas também na vida pratica.Portanto existe uma grande
necessidade de construir uma pratica educativa que possibilite a reflexão , a
critica e a construção do conhecimento pautando-se nos problemas que ocorrem
diariamente em sala de aula e no decorrer do processo ensino aprendizagem
.Esse artigo teve como objetivo
apresentar sugestões e argumentos sobre
o papel da escola como organização reflexiva considerando o ensinar e o
aprender qual o papel do professor e de sua relação com o aluno e a necessidade
de construir conhecimento critico reflexivo e compartilhando respaldando-se por
embasamento teóricos como o de Paulo Freire .
Na
passagem do livro Educação como Prática da Liberdade, Paulo Freire expressa a
sociedade brasileira como uma sociedade em trânsito, referimo-nos as
contradições, onde pessoas sem voz e oprimidos a uma sociedade fechada.
Nesta
obra Paulo Freire, soube reconhecer com clareza as prioridades da pratica nesta
etapa, pois haviam a necessidade crucial de rever as prioridades da prática
pedagógica mediante a política das classes populares e pelas crises das elites
dominantes. Essa obra foi produzida a meio as dificuldades que a educação do país
vinha sendo afetada pelos acontecimentos, onde existiam um grande numero de pessoas
analfabetas que representavam a metade da população em todo o País, Paulo
Freire, veio trazendo uma prática pedagogia nova libertadora, na medida da
participação livre e crítica dos educando, expressando o quanto é importante da
construção do circulo da cultura, a unidade de ensino que substituir a escola,
ele busca no circulo da cultura, peças fundamentais párea a construção da
educação popular, onde é essencial., a participação do ciclo de cultura e de
todos os envolvidos, deixando claro a alfabetização e a conscientização são
principais para essa pedagogia.
Para
o autor todo o aprendizado deve encontrar-se intimamente associado á tomada de
consciência da situação real vivida pelo educador, um tipo de pedagogia para
homens livres, o homem assumem a liberdade e acrítica como modo de ser de si
próprio.
O papel das escolas.
Cabe aos ao coordenador da escola
apresentar, antes de dar inicio à alfabetização, deve se fazer debate, criando
circulo , para discutir a cultura, dos estudantes envolvidos, com isso é necessário que se reconheçam a se
próprio. Paulo Freire
(1964), Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no
trabalho, na ação-reflexão.
Paulo Freire em 1962 começou
desenvolver um movimento de alfabetização no Nordeste, na época era a região
mais pobre do Brasil com grandes números de analfabetos, deu inicio a Aliança
para o progresso obteve ótimos resultados, alfabetizando-os em 45 dias,
elevando o seu conceito perante a opinião publica, com isso ouve uma ampliação
desse novo sistema, com o apoio do governo para todo o território nacional.
A grande preocupação de Paulo Freire é
a mesma de toda a pedagogia moderna. ”Uma educação para a decisão, para a
responsabilidade social e política”.
Paulo Freire deu inicio a construção de
propostas pedagógicas, essas propostas é a construção crítica, em uma sociedade
em transição inserido no processo de democratização, um grande povo emergindo,
era fundamental, tentar uma educação que fosse capaz de colaborar com o
desenvolvimento humano.
Pensando em métodos ativo que fosse
capaz de aguça o homem a critica através de debates de situações desafiadora,
uma educação que fosse capaz de contribuir para a transitividade ingênua á critica.
Ele explica minuciosamente métodos de alfabetização de adultos, criando
hipótese para a criação do desenvolvimento
do analfabeto, com propósito de alfabetizar da forma mais livre de
escolhas:
a) Num método ativo, dialogal, critico e
criticizador;
b) Na
modificação do conteúdo programático da educação;
c) No
uso de técnicas como a da redução e da codificação.
O projeto de educação de adultos,
através do qual foram lançadas duas instituições básicas de educação de cultura
popular. Os professores que nessa época eram chamados de coordenadores,
realizavam debates de grupos. A programação desses debates eram oferecidos
pelos próprios grupos, através de entrevista que os coordenadores mentiam com
eles e de que resultava enumeração de problemas que os alfabetizados gostaria
de debater.
Os assuntos, acrescidos de outros eram
tanto quanto possível esquematizados e, com auxílio de recursos visuais,
apresentados e com auxilio de recursos visuais, apresentados em forma de
diálogos. Segundo Freire, os resultados eram surpreendentes.
Os coordenadores tiveram a colaboração
considerada valiosa por Paulo Freire, da equipe de serviço de Extensão Cultural
da Universidade de Recife.
Estavam, assim a segurados Paulo Freire, tentando uma
educação lhes parecia a de que precisavam, identificar com as condições da
realidade. A práxis pedagógicas de Freire mostra, o respeito a liberdade dos educando
que nunca são chamados de analfabetos mas de alfabetizando. Ao educador cabe
apenas registrar o vocabulário dos participantes e selecionar algumas palavras
básicas em termos de freqüência, relevância aos significados vividos e tipo de
complexidade fonêmica que apresentam.
As palavras de uso comum do seu
cotidiano, pode ser usadas, na linguagem
do povo, são palavras gerados para esse perenizado.
O autor representa 17 palavras
geradoras escolhidas do “universo vocabular”.
Exemplos:
1) Favela-
necessidades fundamentais:
a) Habitação
b) Alimentação
c) Vestuário
d) Saúde
e) Educação
Favela-
Silaba- Fa-Ve-La
Família fonêmicas:
Fa-Fe-Fi-Fo-Fu
Va-Ve-Vi-Vo-Vu
La-Le-Li-Lo-Lu
Paulo Freire afirma em sua obra, ter
testemunhado, no processo de alfabetização de adultos, vários alfabetizando
que, após apropriação do mecanismo fonêmico, com a ficha da descoberta
escreviam palavras com fonemas complexos que ainda não lhe haviam apresentado,
chegando a elaborar frases que passavam a ser debatidas pelos grupos,
discutindo-se a sua significação
mediante a realidade de cada brasileiro.
“Saber ensinar não é transferir
conhecimento, mas criar possibilidades para a sua própria produção e
construção” (FREIRE, 1996, P.47).
REFLEXÃO
Verdades da Profissão de Professor
Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas,
ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que
seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho
de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses
profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com
baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande
parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.
A data é um convite para que todos,
pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com
elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores,
fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem
diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não
apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem
ela, tampouco, a sociedade muda.